quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Pedagogia: muito mais do que formar professores

 

 

Boa noite pessoal, tudo bem? 
            Hoje vamos explorar um pouco sobre esse curso que eu amo e suas características já conhecidas e outras nem tanto. Abraços e uma boa leitura!

Apesar do que muitas pessoas pensam, a Pedagogia não forma somente professores. Mais do que isso, forma profissionais que podem atuar em diversas áreas da prática educativa, escolares ou não. Nesse cenário, alguns princípios devem ser observados na sua formação e alguns desafios da contemporaneidade devem ser enfrentados para que possam desempenhar sua função com mais eficiência.

Fora do ambiente escolar, os pedagogos podem trabalhar em hospitais, empresas, presídios, nas diversas mídias e outras instituições onde desenvolvem e organizam métodos e práticas de transmissão e assimilação do saber e modos de ação, tendo em vista a formação humana. E mesmo nas escolas, podem se distinguir e praticar diferentes atividades: professores, supervisores, gestores, administradores escolares, planejadores, coordenadores e etc. Sendo assim, três tipos de pedagogos podem ser destacados: Lato Sensu: como todos os profissionais, se ocupam de domínios e problemas da prática educativa: professores de todos os níveis de ensino; Stricto sensu: além da prática de ensino, trabalham com atividades de pesquisa, formação profissional, educação especial, gestão escolar, formação continuada e outros; e Pedagogos ocasionais: dedicam parte de seu tempo em atividades ligadas à assimilação e reconstrução de saberes.

Para isso, alguns princípios foram determinados na formação desses profissionais, como por exemplo: instituição de uma escola própria para estruturação da identidade do professor; indissociabilidade entre a teoria e a prática; compreensão da pesquisa como componente essencial da formação; compromisso social e ético; a identidade do professor deve se constituir da dimensão epistemológica e profissional (didática e prática social); permanência dos graduandos nas escolas para promover a observação, experimentos e análises das situações de ensino (estágio); instituição de trabalhos coletivos e interdisciplinares e etc...

Diversas organizações começam a ter grande demanda por conhecimento que envolvesse seus colaboradores, buscando por maior eficiência, praticidade e qualidade, porém para que tais potencialidades emergirem necessita-se um projeto de capacitação diferenciado, feito por pedagogos. Aqui, o pedagogo contribuirá com propostas metodológicas pouco desenvolvidas no local até o momento, trabalhando ainda com difusão de valores, missões, autoestima e culturas desta organização.

Considerando-se, ainda, os vínculos entre educação e economia, as mudanças recentes no capitalismo internacional colocam novas questões para a Pedagogia. O mundo assiste hoje a intensas transformações tecnológicas em vários campos como a informática, a microeletrônica, a bioenergética. Essas transformações tecnológicas e científicas levam à introdução, no processo produtivo, de novos sistemas de organização do trabalho, mudanças no perfil profissional e novas exigências de qualificação dos trabalhadores, que acabam afetando os sistemas de ensino (LIBÂNEO 2005, p.28):

Desse modo, o pedagogo contribui na formação de competências dos funcionários ou do grupo ao qual irá ocorrer a intervenção, ajudando na elaboração de opiniões e no desenvolvimento pessoal e social. Na sociedade atual, amplamente tecnológica, a atuação do pedagogo é fundamental para o desenvolvimento da organização, bem como o crescimento de seus colaboradores

A Pedagogia, então, trata-se de uma ciência muito mais complexa do que a formação de docentes e precisa de investimentos, tanto do poder público quanto do privado, para formar melhores profissionais, que por sua vez, ajudam a formar pessoas/adultos com maior capacidade crítica e argumentativa e com melhor poder de escolha, a fim de que possamos ver em nosso país, um caminho para a mudança.

A pedagogia enquanto ciência que investiga o fenômeno educativo e seu campo de atuação profissional, além de propor muitas reflexões, ajuda a compreender a integração e a interdisciplinaridade curricular, sobre as vivências do pedagogo em espaços escolares e não escolares. Por isso, a importância do conhecimento das possíveis atuações de um pedagogo, bem como os diferentes campos de atuação, as legislações que nos orientam etc., para assim entender que a pedagogia e os pedagogos não se limitam somente a “sala de aula”.

A forma que a pedagogia trabalha com a educação em sua maior totalidade, a atrela quase que exclusivamente, a este. Mas, o conceito de pedagogia, vai além, como um espaço importante para novas possibilidades da pesquisa na área da educação, e fora dela, tornando possível outras formas de entender a pedagogia, assim como a compreensão dos modos de vida e a produção de subjetividades atuais.

                                                                 Espero que tenham gostado pessoal! 

REFERÊNCIAS:

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para que? 8ª ed. São Paulo Cortez. 2005._______. Organização e gestão escolar. teoria e prática. 5ª ed. Revista ampliada-Goiânia. Editora Alternativa. 2004.  


segunda-feira, 13 de setembro de 2021

 

Agosto, primeira e segunda quinzena.

Olá, pessoal!💓

Na publicação de hoje, estarei escrevendo um pouco sobre o fechamento do projeto realizado ao longo desse modulo, onde foram trabalhados os gêneros textuais fábulas e quadrinhos, com a turma 41. O sentimento de trabalho inacabado por não ter sido exatamente como se esperava, feito e aprendido como em teoria se imaginava, não acabou sendo maior que o sentimento de satisfação no presente aprendizado e na superação de algo anteriormente temido como segundo módulo em sala.

Mesmo comigo longe da sala, a turma permaneceu unida, participativa e cooperativa, mesmo à cerca de algo tão novo como foram as aulas de forma síncrona, algo que foi fundamental para o andamento e desdobramentos que fizeram desde semestre produtivo, com a ajuda da orientadora na escola foi possível realizar o projeto, podendo-se afirmar que todos projetos realizados na escola além do meu, trouxeram inovações, excelentes materiais, e diferentes conteúdos que ajudaram os estudantes das diferentes salas, tornando essa experiencia não exclusiva de cada uma, mas coletiva.

O módulo foi, então, uma experiência única e principalmente de aprendizado e desafios, chegando ao fim e provando que com esforço e dedicação de todas as partes o trabalho foi possível, assim como o objetivo de contato e inserção no Ensino Fundamental na escola, que aconteceu, e de que tudo que foi aprendido será usado e levado para os demais módulos do programa Residência Pedagógica.🙋

sexta-feira, 6 de agosto de 2021


20/03/21

Bem vindos à presente escrita, espero que se encontrem bem!!!

Em meus primeiros encontros com a escola realizei a análise da realidade da turma, onde notou-se a necessidade de realizar maior contato com a leitura e produção de diferentes textos, nas atividades que estão sendo enviadas para casa, pensando no aprendizado que se faz necessário nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ainda mais dada a situação atual de isolamento. O contato com textos está com pouca estimulação já que não estão ocorrendo práticas de aula presenciais no ambiente da escola com a participação de todos, como parte da rotina, nem projetos envolvendo a mesma e com poucos atrativos que às vezes a casa do aluno oferece, para a compreensão e assimilação do conteúdo trabalhado.

Alguns alunos, fazem as atividades em casa, não podendo aproveitar o espaço lúdico da escola e as interações que ela propicia. E assim, serão pensadas atividades, de forma lúdica, unindo escola, crianças e família em prol do desenvolvimento e forma de alivio do estresse que a situação que todos se encontram traz. A família é de suma importância nesse aprendizado já que a criança em sua construção do conhecimento aprende e cria laços, nessa perspectiva se norteara este projeto.

 Outro importante foco deste projeto é tornar o apreender através da criação na perspectiva de cada aluno de uma maneira atrativa para eles, num local com tanta distração como ocorre em casa. Tudo isso, será pensando, elaborado e aplicado com a finalidade de atender a análise feita pela observação à realidade visualizada na turma. Pensando em mediações pedagógicas possíveis e que possam ser efetivadas pela estagiária, e resultem em aprendizado para a mesma e melhorias para a turma.

15/04/21

Pensando, na importância da compreensão de leitura, escrita e identificação de diferentes textos que englobam os gêneros textuais. Durante o tempo que o educando aprende e assimila diferentes objetos de conhecimento, ocorre seu desenvolvimento intelectual. Com o domínio da leitura e escrita ele aprende a se expressar e interpretar as coisas a sua volta, descobre o mundo, possibilidades, organiza sua autonomia de ação, desenvolve emoções e relações sociais. O ato de ler e escreve é libertador, mas, este se faz necessário compreendendo a mensagem que recebe ou quer transmitir.

Através da leitura, os alunos precisam dialogar com o educador e também com os demais colegas da turma, uma vez que com o diálogo que acontece, passa-se a ter respostas, internaliza ou se apodera-se de novos conhecimentos. Vygotsky (1988), ao pensar sobre como acontece a internalização para do aluno, traz como a interação entre pares contribui para a aprendizagem, e tal situação entre os alunos, permitindo uma troca de lugar que a interação entre docente<>aluno por vezes não acontece regulamente. Com a interação entre pares, os educandos trocam o lugar de questionar e responder, trazendo informações ou pedindo-as, seguindo indicações ou as fornecendo,

ou seja, o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com seus companheiros. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento independente da criança. (VYGOTSKY, 1988, p. 117). 

Vygotsky traz que “internalização, a reconstrução interna de uma operação externa” (VYGOTSKY, 1988, p. 63). Para o autor, como a consciência é internalizada dadas as interações que ficam no exterior do indivíduo, e tal processo ocorre do social para o individual. Mas, devido ao momento atual de isolamento o aprender no coletivo em especial na escola não vem ocorrendo, e é necessário pensar e planejar novas formas desse acontecer no seio familiar, que é local onde as crianças estão exclusivamente neste momento. Pensando e usando o avanço tecnológico a favor de todos e primordialmente do aprendizado.

09/05/21

O projeto sobre gêneros textuais a ser desenvolvido nessa remessa de estudos propõe aos alunos da turma 41 trabalhar e desenvolver conhecimentos, por meio da leitura e produções escritas, bem como diversas atividades que exercitem sua oralidade e escrita. A partir do gênero textual fábulas, onde serão trabalhados 10 planos, divididos entre semanas de estudos e de atividades, contemplando diferentes objetos do conhecimento assim como habilidades da BNCC, e todas as áreas do conhecimento, todos inseridos no contexto de diferentes fábulas.   Aliás, segue uma bem interessante para vocês:

20/06/21

Nesta segunda parte do projeto com tema gêneros textuais serão trabalhados os quadrinhos, já que através dos quadrinhos os alunos podem desenvolver a narrativa gráfica desenvolvendo a escrita de forma mais dinâmica e lúdica. Buscando nessa nova sequência de 10 planos trazer produções onde existem a presença da escrita e do desenho de forma integrada. O diálogo entre os personagens das histórias em quadrinhos favorece a escrita, em com a compressão desses e diferentes tipos de gêneros textuais. Esperasse que essas atividades promovam a produção e desenvolvimento de cada aluno da turma, assim como, a construção do conhecimento através do processo de ensino-aprendizagem.

27/07/21

Ao longo desses meses, a cada aula, foram sendo desenvolvidas as diferentes partes que integram o projeto, tornando-o um ao final do semestre.  Como tema central do projeto, trabalhamos gêneros textuais, e dentro deste, fábulas e quadrinhos. Cada momento ocorreu um diferente e grande aprendizado por parte de toda turma, e da bolsista. Todos os 20 planos de aula, distribuídos em duas remessas de atividades, foram desenvolvidos e aplicados de forma remota, o que não diminuiu o empenho e dedicação aplicados neles.

O desenvolvimento do projeto até o presente momento vem acontecendo melhor que o esperado, dadas as circunstâncias atuais, provando que a construção do conhecimento pode ocorrer de diferentes formas e locais. Durante este período, muito do que foi visto na graduação e nas disciplinas desde semestre se aplicaram, mesmo que não totalmente nas práticas pedagógicas no campo em que iríamos realizar a intervenção, mas o que pode ser desenvolvido e executado neste segundo módulo do programa residência pedagógica aconteceram de forma excepcional. Infelizmente nos encaminhamos para o fim, deixo aqui um pouco dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos até o presente momento.

                                                                                                                       

                                                                                   Abraços e até logo!!!!!







terça-feira, 30 de março de 2021

 

Meu nome é Giovana Antonieta Tonolli, resido na cidade de Caxias do Sul, sou estudante do 7° semestre do curso de Pedagogia, na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Este foi meu primeiro semestre como bolsista do programa Residência Pedagógica, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Caldas Júnior, também situada em Caxias do Sul. Escrevo no texto a seguir, minhas reflexões e contribuições pessoais e acadêmicas desse semestre atuando no subprojeto de Pedagogia.

O presente projeto do módulo I do programa Residência Pedagógica foi realizado pensando numa turma de Educação Infantil, esta fase da educação tão importante na vida do ser humano, e que exige muito do educador dessa faixa etária, assim como nos lembra Barbosa (2009), existem especificidades no trabalho do professor de Educação Infantil que envolvem a necessidade de sensibilidade para as linguagens da criança para o estímulo da autonomia, para mediar a construção de conhecimentos científicos, artísticos e, também para se colocar no lugar do outro. “A observação das crianças significa notar o sentimento das suas ações tendo em vista planejar o cotidiano com elas” (BARBOSA, 2009, p.102). Ser educador da infância exige sensibilidade, comprometimento e uma grande responsabilidade. A turma à qual fui designada foi o Pré II B da Escola Municipal de Ensino Fundamental Caldas Júnior em Caxias do Sul. O projeto ocorreu durante o final do segundo semestre de 2020 e início do primeiro semestre de 2021.

 A escola recebeu a proposta do programa que previa sua atuação na área da Educação Infantil em sua instituição com muito apreço e interesse por parte de sua diretora e corpo docente. O tempo de observação que teria início nos primeiros dias do programa, e que serviriam para analisar a realidade na qual a turma se encontrava, as culturas e interesses das crianças, infelizmente não puderam acontecer, em virtude da pandemia que o vírus Covid-19 ocasionou. As medidas foram necessárias para evitar maior contágio da população como o fechamento temporário das escolas, incluindo a que está recebendo o Residência Pedagógica. O levantamento de dados da escola ocorreu através da análise dos documentos e de um questionário anteriormente formulado e que foi aplicado e respondido por telefone pela diretora, tornando possível um melhor estudo e compreensão das necessidades da escola.

As práticas pedagógicas que seriam realizadas de forma presencial na escola também não ocorreram da forma esperada. Dentro do planejamento destas práticas eram necessários planos de aula que estão presentes no projeto, estes foram desenvolvidos como o tema gerador “brincar e brincadeira”, e como ele é importante no desenvolvimento da criança para uma aprendizagem significativa, pensados de forma que atendessem a análise da realidade observada na escola e que as finalidades fossem alcançadas e a mediação tornasse tais ações possíveis.

Pontuamos diversos motivos que justificam o tema gerador. Pensando na importância da brincadeira quando pensamos em criança. Durante o tempo que a criança brinca ocorre seu desenvolvimento. Com o brincar ela aprende, descobre o mundo, possibilidades, organiza sua autonomia de ação, desenvolve emoções e relações sociais. O ato de brincar trabalha também a aprendizagem da linguagem e as habilidades motoras.

Para Winnicott a criança ao brincar está mais próxima de um crescimento sadio, o autor faz essa colocação ao citar que:

                                     Brincar facilita o crescimento e, em consequência, promove a saúde. O não-brincar em uma criança pode significar que ela esteja com algum problema, o que pode prejudicar seu desenvolvimento. O mesmo pode se dizer de adultos quando não brincam ou quando proíbem ou inibem a brincadeira nas crianças, privando-as de momentos que são importantes em suas vidas, e nas dos adultos também. (WINNICOTT, 1982, p. 176). 

Mas, devido ao momento atual de isolamento, o brincar no coletivo em especial na escola não vem ocorrendo, e é necessário pensar e planejar novas formas desse acontecer no seio familiar, que é o local onde as crianças estão exclusivamente neste momento. Pensando e usando o avanço tecnológico a favor de todos, a alternativa poderia ser a mediação via uso de plataformas digitais. Esse que até antes da pandemia estava sendo visto como algo que vinha afastando as crianças das brincadeiras, principalmente as de rua. Já que as crianças não ficavam mais nelas a se encontrar e brincar após as aulas por causa de vários fatores, principalmente a violência. Todas as atividades dos planos tiveram como objetivo proporcionar maior interação das crianças e família com as aulas, tornando esta mais significativa.  Por isso, afirma Veiga (2007, p.15), “que a luta da escola é para a descentralização em busca de sua autonomia e qualidade (...) sendo uma oportunidade ímpar de a comunidade definir em conjunto a escola que deseja construir”

Ao longo do primeiro módulo do programa a cada aula, foram sendo desenvolvidas as diferentes partes que integram o projeto, tornando-o um ao final do semestre. Cada momento ocorreu um diferente e grande aprendizado por parte de todos bolsistas, através de um elaborado planejamento desenvolvido pela orientadora. Todos os planos de aula foram desenvolvidos e aplicados de forma remota, o que não diminuiu o empenho e dedicação na vivência. Com isso, nota-se a necessidade de que a metodologia integre os elementos que fazem parte da mediação, uma das três dimensões do plano (realidade, finalidades e mediação). Juntamente com recursos, conteúdos, tempo, etc., a metodologia funciona como meio. Então o termo mediação, para ajudar na realização das finalidades, resolvendo assim necessidades vistas na análise da realidade, esperando contribuir na construção do conhecimento das crianças da escola por meio da brincadeira. Deste modo como nas palavras de (BRANDÃO, 1981, p.10-11):

Um dos pressupostos do método é a ideia de que ninguém educa ninguém e ninguém se educa sozinho. A educação, que deve ser um ato coletivo, solidário —um ato de amor, dá pra pensar sem susto —, não pode ser imposta. Porque educar é uma tarefa de trocas entre pessoas e, se não pode ser nunca feita por um sujeito isolado (até a autoeducação é um diálogo à distância), não pode ser também o resultado do despejo de quem supõe que possui todo o saber, sobre aquele que, do outro lado, foi obrigado a pensar que não possui nenhum. “Não há educadores puros”, pensou Paulo Freire. “Nem educandos.” De um lado e do outro do trabalho em que se ensina-e-aprende, há sempre educadores-educandos e educandos- educadores. De lado a lado se ensina. De lado a lado se aprende. (BRANDÃO, 1981, p.10-11).

Daí surge a necessidade do trabalho docente através de projetos, que se mostra um método extremamente positivo no qual possibilita a ligação do projeto com diferentes áreas do conhecimento, ocorrendo de forma contextualizada a aprendizagem infantil. O educando com as relações que o cercam, assimila a natureza a sua forma. Entretanto, conforme ele cresce e vai ao encontro a fenômenos, situações e objetos novos, ocorrem importantes mudanças na sua visão do mundo. Tal processo de desconstruir velhos conceitos e construir novos, refazendo as ideias, mudando o pensamento, é, de fato, o conhecimento, é o exercício de aprender.

Na etapa da Educação Infantil, a avaliação tem um olhar universal da criança, é buscar, observando os avanços e os obstáculos a serem superados de cada criança, dando relevância ao seu conhecimento prévio, é uma ação contínua e diária que se volta no planejamento do educador e soma a rotina escolar. Vale ressaltar que nessa etapa do conhecimento é elaborado em movimentos de idas e vindas cabendo ao educador mediar e promover as intervenções pedagógicas necessárias para que as habilidades e competências das crianças sejam construídas e desenvolvidas.

Tais pressupostos referentes à avaliação são apresentados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (BRASIL, 2009, p. 16):

A avaliação é um instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica na busca de melhores caminhos para orientar as aprendizagens das crianças. Ela deve incidir sobre todo o contexto de aprendizagem: as atividades propostas e o modo como foram realizadas, as instruções e os apoios oferecidos às crianças individualmente e ao coletivo de crianças, os agrupamentos que as crianças formaram, o material oferecido e o espaço e o tempo garantidos para a realização das atividades.

Após, seguir essas considerações, a avaliação ocorreu de forma, a fim de observar, registrar, conduzir e participar no processo de construção do conhecimento da criança, olhando as avaliações das crianças como um grupo e individualmente.

Por fim, o desenvolvimento do projeto se deu melhor que o esperado, dadas as circunstâncias atuais, provando que a construção do conhecimento pode ocorrer de diferentes formas e locais. Durante o período do primeiro módulo, muito do que foi visto na graduação e nas disciplinas do semestre se aplicou, mesmo que não totalmente nas práticas pedagógicas no campo em que iríamos realizar a intervenção, mas o que pode ser desenvolvido e executado do projeto aconteceram de forma excepcional.

Sendo de grande merecimento para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das práticas docentes da bolsista, inserindo-a numa realidade acadêmica nunca antes vista, que lhe propiciou reflexões que não ainda haviam sido apresentadas, da mesma forma que as práticas que foram realizadas, sendo cruciais para seu caminho como educadora. O sentimento de trabalho inacabado por não ter sido exatamente como se esperava, feito e aprendido como em teoria se imaginava, não acabou sendo maior que o sentimento de satisfação no presente aprendizado.

Mesmo longe da sala, a turma de educação infantil do Pré II B permaneceu unida, participativa e cooperativa, mesmo acerca de algo tão novo como foram as aulas em forma síncrona, algo que foi fundamental para o andamento e desdobramentos que fizeram desde semestre produtivo, com a ajuda da orientadora foi possível realizar o presente módulo, podendo-se afirmar que todos projetos trouxeram inovações, excelentes materiais, e diferentes conteúdos que ajudaram os demais sendo eles ou não do mesmo tema, tornando essa experiência não exclusiva de cada uma, mas coletiva.

O primeiro módulo do programa Residência Pedagógica foi, então, uma experiência única e principalmente de aprendizado e desafios, chegando ao fim e provando que com esforço e dedicação de todas as partes o trabalho foi possível, assim como o objetivo de contato e inserção na educação infantil em uma escola, que aconteceu, e de que tudo que foi aprendido será usado e levado para os demais módulos do programa.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por Amor e Por Força: Rotinas na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME,2017.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Método Paulo Freire. 18ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1981.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil. Parecer nº 20/2009. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 14.

VEIGA, Ilma. Passos Alencastro (Org.). Quem sabe faz a hora de construir o projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, 2007.

WINNICOTT D. O brincar e a realidade. Imago, 1975. A criança e o seu mundo. 6ª edição, editora JC, Rio de Janeiro 1982.

 

Pedagogia: muito mais do que formar professores

    Boa noite pessoal, tudo bem?              Hoje vamos explorar um pouco sobre esse curso que eu amo e suas características já conhecida...